quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Deus ajuda a formiguinha que madruga.

    • "Deus ajuda quem cedo madruga", dizia minha avó com o dedo indicador apontado para o alto, com convicção tamanha, que me fazia sentir que ela podia tocar o próprio Deus com seu dedo de unha grande. Minha vovozinha sempre dizia isso arrancando de cima de mim o edredon quentinho e pesado, desses que costumamos usar no inverno do Rio Grande do Sul, ao que eu respondia: "Ah! Só mais um pouquinho vovó, hoje é sábado!" Ela então concluía: "Vai ter com a formiga oh preguiçoso." Ouvir isso todo sábado era quase um ritual, mas que eu sempre repetia para ouvi-la dizer de novo. Me proponho hoje a refletir sobre a relação destes tão valiosos provérbios. Talvez fosse minha avó quem devesse assinar este texto, pois tão sabiamente, soube reunir no cotidiano trazendo ao meu imaginário de menino a sabedoria popular junto à sabedoria da palavra de Deus. Quando garoto, eu pensava que o primeiro adágio era coisa de minha avó, todavia os anos passaram e mais tarde eu descobri que muita gente dizia isso; então resolvi pesquisar a origem do ditado que marcou minha infância. Descobri que o tal dito é de origem brasileira, de autor desconhecido e que provavelmente foi popularizado durante o período de crescimento da indústria no Brasil, quando muitas pessoas precisavam acordar bem cedo para viajar das zonas rurais para as cidades afim de trabalhar, assim, possivelmente nasceu o adágio que traz a ideia de que precisamos fazer o que é de nossa competência (humana) sem negligência para que Deus nos recompense com Sua benção. Creio piamente que precisamo, sim, confiar em Deus e entregar a Ele os nossos caminhos com muito temor, mas também com muito trabalho e força de vontade em todas as áreas de nossas vidas, pois o Senhor não chama os acomodados, negligentes, tampouco os preguiçosos, mas Ele busca trabalhadores para a Sua seara. trabalhe sempre e o Senhor te recompensará! #FicaADica.

      Pr. Sami Castro

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Aprenda a orar


Certa vez os discípulos de Jesus pediram a Ele que os ensinasse a orar (Lucas 11:1). Jesus, como homem, sabia a importância da oração, de pedir ao Pai conselhos, ajuda, de louvar o nome de Deus e agradecer por quem Ele é.

Muitas vezes ficamos observando aquele adolescente que ora, ora, ora e ora umas mil horas por dia e você pensa: Meu Deus, eu não devo ser um cristão de verdade porque não consigo orar como ele ou ela. Também não oro em línguas como ele, nem batizado no Espírito Santo ainda fui.

Quero dizer a você que a nossa vida espiritual é individual, a oração deve ser feita de coração, coração apaixonado e aberto ao Senhor. O que importa para Deus é a sinceridade, não tente esconder seus pecados ou sentimentos do nosso Papai, Ele nos conhece por inteiro e quer de nós sinceridade e amor.

É claro que quanto mais você desenvolve um diálogo com Deus (diálogo sim, porque você fala e Deus responde, basta prestar atenção), você vai ficando mais empolgado na conversa de todo dia, que aí fica fácil passar estas mil horas como alguns já têm conseguido.  Mas ninguém vira íntimo de ninguém com apenas uma conversa, não é mesmo?

Peça a Deus, assim como os discípulos, que ensine você a orar. Orar de maneira apaixonada. Orar sem reservas, sem comparações. Cada um de vocês cabeçudos é especial demais para Deus e tem um lugarzinho especial no Seu coração.

“Assim aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento de necessidade.” Hebreus 4:16

Amo vocês!!!

Pastora Nanda Castro

quinta-feira, 21 de março de 2013

Não sou daqui


"Eu descobri em mim mesmo desejos os quais nada nesta Terra pode satisfazer.
A única explicação lógica é que eu fui feito para outro mundo." C. S. Lewes 

Esta talvez seja a frase que traduz a minha essência individual; que anteriormente me intrigava e despertava curiosidade, mas que agora saciado e esclarecido me faz cada dia mais querer esse amor que satisfez meu coração.
Nascido e criado no evangelho, eu sempre conheci a Palavra de Deus e nela fui orientado por meus pais, entretanto, a simples religião com seu código de conduta ético e moral, e suas muitas regras não foram o suficiente para cativar meu coração nem manter-me no cabresto da instituição igreja. Por isso, na minha adolescência acabei desviando os meus passos e me perdi em meio a devaneios filosóficos, rebeldia infundada e, sobre tudo, nos prazeres mundanos.
Enquanto arriscava o destino de minha alma, me auto-denominando um “sem religião”, tentava me afastar de Deus, no entanto, sempre existiu em meu coração uma chama e um fascínio por tudo o que pode se chamar de sobrenatural e embora eu tentasse refutar em meu coração as idéias tão gravadas e impregnadas por meus pais, algo me detinha na convicção de que o mundo espiritual existe e é mais real do que qualquer coisa, ao passo que me despertava atenção a tudo o que não possui explicação lógica ou cientifica. O fato é que o sobrenatural sempre me atraiu, como que me chamando à realidade indiscutível e inevitável de que eu não sou daqui e que havia uma necessidade de voltar ao lar.
Por um tempo desenvolvi interesse por leitura espírita e gnóstica e depois até por astrologia, todavia o Espírito de Deus sempre me constrangia e me dizia que aquilo tudo era engano e vaidade. Houve um momento então, em que decidi entregar verdadeiramente meu coração a Cristo e ele fez em mim morada, mudando minha história e dando sentido à minha existência.
A partir dessa ocasião entreguei-me ao Senhor com toda a intensidade de meu coração e passei a buscar a Deus em oração querendo sempre o mais que acreditava estar reservado somente àqueles que se esmeram em adorá-LO incansavelmente. Dediquei-me a leitura e estudo bíblico e entendi que o que sempre me fascinou era o desejo de conhecer os mistérios do mundo vindouro, mas que antigamente eu não poderia, pois o homem natural não compreende as coisas do Espírito.
Hoje como pastor, como ministro na casa do Senhor entendo a necessidade que sempre existiu em meu coração, por isso, continuo dedicado ao estudo da Palavra e à oração, pois creio que esse é o princípio vital do cristão. O amor de Cristo transformou meu coração e me fez não somente santo e justo como também um agente de transformação neste mundo.
Essa transformação vai além da minha vida e experiência particular com o Espírito Santo e Seu poder, se estendendo até o meu padrão de observação e convivência social, pois acredito que nossa espiritualidade deve ir além dos momentos de oração e busca de poder para a vida cotidiana.
Vivo crendo que o Espírito de Deus está em mim e me orienta em todas as coisas, desde as mais pequeninas, acreditando em todos os momentos que desempenho papel crucial, natural e espiritualmente nesta Terra, na consciência de que não sou daqui, pois fui colocado neste mundo como embaixador de um reino sobrenatural e eterno, por isso, vivo buscando agradar o Pai de amor que entregou o seu próprio filho por mim, vivo, existo e me movo sendo Dele, por Ele e para Ele.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lei X Graça e o imaginário cristão em 'Os Miseráveis'.


Olá amigos,


Havia alguns dias que não postávamos nenhum artigo aqui, por isso, resolvemos então produzir este que é de autoria compartilhada, ou seja, Sami e Nanda são quem vos escrevem dessa vez.
Semana passada, fomos ao cinema assistir a um filme que criara em nossos corações muita expectativa, pois já havia ganhado algumas estatuetas do OSCAR. O filme “Les Misérables” (Os miseráveis) que leva o mesmo título da obra no qual é inspirado, é uma das principais escritas pelo francês Victor Hugo, publicada em 3 de abril de 1862 em Paris.


A adaptação para as telonas contou com direção de Tom Hooper e é estrelado por Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway e Amanda Seyfried.
Logo de início, o “longa” mostra a que veio e já começa emocionar até ao mais duro coração (quanto mais aos derretidos Pr. Sami e Pra. Nanda).
O filme tem como pano de fundo o cenário de miséria e opressão social da Revolução Francesa, porém, não se propõe a revelar apenas o sofrimento dos europeus durante a desumana guerra civil, mas trás também uma discussão muito poética a respeito da lei, da graça, e sobre tudo, do amor de Deus. Não somente pelo fato de que durante o filme podemos ver os personagens orando ou pedindo algo a Deus, mas porque o filme inteiro é uma aula gratuita e bela sobre a graça redentora de Jesus Cristo em paradoxo com a lei que mata, escraviza.
O enredo gira em torno de Jean Valjean, um “miserável” que por roubar um pão para alimentar seu sobrinho que estava morrendo de fome é detido e passa anos em uma prisão cruel sendo torturado e submetido a trabalho escravo pelo inspetor Javert, responsável por fazer cumprir a lei naquele lugar.
Quando a liberdade condicional de Jean Valjean é concedida, ele procura trabalho e um lugar para repousar, mas só encontra portas fechadas. Uma noite, cansado dos maus tratos e maldade da sociedade parisiense ele vai dormir em um cemitério, quando um padre o acorda e o convida para entrar em sua casa. Na casa do padre, Jean é alimentado, toma um bom banho, ganha roupas novas e uma cama quentinha, mas de madrugada ele se levanta apressadamente, rouba toda a prataria do padre e vai embora. Logo ele é preso e os guardas o entregam ao padre, que pede para o soltarem alegando que a prataria era um presente ao seu tão ilustre convidado.
Neste momento, Jean é liberto da lei e conhece a graça, o favor imerecido. Através do amor daquele padre ele conhece a Deus e Seu imenso amor! Depois disso, ele não consegue mais viver do jeito que vivia, pois o amor que o alcançou foi de tal forma, constrangedor e gracioso, que ele já não podia mais viver uma vida de egoísmo e ingratidão.
O padre libera Jean, que vai embora e constrói uma nova vida, amando ao seu próximo e ajudando muitas pessoas. Mas o inspetor Javert não o esquece. Anos depois eles se encontram e o inspetor reconhece Jean, seu prisioneiro que nunca mais se apresentou à polícia.
Começa então uma caçada implacável da parte do inspetor que quer cumprir a lei custe o que custar prendendo Jean. Algumas músicas cantadas pelo inspetor revelam o pensamento de quem vive debaixo da lei. Ele se autodenomina, a lei, e diz que seu dever é punir a todos os infratores da lei de Deus!
O filme se desenrola e Jean por muitas vezes tem a oportunidade de matar Javert, mas ele o liberta todas as vezes. Em um diálogo interessante, Jean está com uma faca para matar Javert, mas ele o liberta, então o policial diz que nada do que Jean faça vai impedi-lo de prendê-lo e o acusa de ladrão e fora da lei alegando que Jean quer comprar sua liberdade, ao que este lhe responde dizendo que não o poupou da morte como barganha, mas como reflexo daquela bondade graciosa que um dia o salvou e o livrou da escravidão.
Ao se deparar com o amor incondicional e graça maravilhosa de Deus, Javert não consegue mais se encarar e percebe a miséria moral e espiritual em que vive, bem como a fraqueza do sistema que defende, todavia, sem aceitar a graça e sem entender o amor ele se mata, provando que a graça é o fim da lei.
O filme trata da temática, lei versus graça, de forma singular, trazendo-nos o entendimento de que o amor é superior a tudo, pois sim, o amor é a essência de Deus.
Quando vivemos debaixo desse amor que revela a graça divina somos transformados por ele de modo que não há como continuarmos no egocentrismo e no pecado, uma vez que fomos alcançados e transformados por esse amor. Tudo o que precisamos é deixar que o Amor entre em nossos corações e nos faça despenseiros e agentes da graça regeneradora de Cristo.
Portanto, fica aqui nossa sugestão de filme e nossa reflexão a respeito do imaginário cristão na obra Os miseráveis. Vale a pena conferir.
 
Deus os abençoe!
Pastores Sami e Nanda Castro.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Ministério: serviço ou ser visto?



A palavra ministério vem do grego, diakonia, que significa serviço, ou em um significado mais amplo, mordomo, o que remete a idéia literal de um empregado. A bíblia diz em Efésios 4:11-12 “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” que é o próprio Deus que concede o ministério, cada um de acordo com seus maiores dons e características pessoais. Mas também podemos observar que o ministério deve visar apenas o crescimento e edificação do corpo de Cristo.

Um grande problema de quando buscamos um ministério é a motivação do nosso coração. Muitas vezes nos pegamos querendo mesmo aparecer, mostrar para o outro que sabemos mais de Bíblia, que podemos mandar porque somos líderes, que os outros “pobres mortais” devem nos exaltar. O problema é que esquecemos o motivo real de Deus querer nos usar. Quando Ele chama alguém, Ele capacita sim, mas somos todos indignos da maravilhosa graça do Senhor, carecemos do grande amor e misericórdia Dele assim como todos os outros e o mais importante, temos uma responsabilidade em nossos ombros de levar o nome de Jesus, conduzir as ovelhas para o caminho certo, ensinar a respeito do poder de Jesus.

Os levitas do antigo testamento não tinham nenhuma herança, a herança deles era apenas o ministério (serviço) sacerdotal, mas o Senhor diz em Números 3:12b “os levitas são meus”. Que honra é poder ser separado para Deus e para o seu chamado. Servir nossos irmãos e depois ser servido pelo próprio Senhor já é maravilhoso demais para nos importarmos com status e poder.

AMOR, esta palavra deve ser o que pulsa no coração de um verdadeiro servo de Deus. Sejamos dignos do chamamento do nosso Senhor!

Pra. Nanda Castro

domingo, 24 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


POLITICAMENTE INCORRETOS

Cuidado com o que você fala; não diga exatamente o que pensa e nunca, nunca se posicione. Essa pode-se dizer, é a frase que rege o nosso sistema de comunicação atual. Quase como uma lei da física, esses conceitos tem invadido o imaginário popular de modo que qualquer sujeito que ouse ir contra está em queda livre, caindo em um grande abismo social.
Vivemos em uma sociedade pós-moderna e tecnológica, uma sociedade que deu um salto da “idade da pedra” para as cirurgias a laser, das carruagens de ferro para os ônibus espaciais, enfim, muitas das coisas ilustradas em filmes de Hollywood da época de nossos pais são completamente normais em nosso cotidiano, e a humanidade caminha para avanços ainda maiores. Entretanto, mesmo em meio a tanto crescimento há ainda comportamentos que se repetem de tempos em tempos, comportamentos dentre os membros de nossa sociedade os quais muitas vezes mudam de nome, mas que são tão antigos quanto à própria história.
Desde que o homem começou a escrever e também passou a se expressar, surgiram também aqueles que queriam controlar ou mensurar tudo o que era falado publicamente. Livros foram fiscalizados, filósofos e pensadores calados, profetas martirizados. Tudo para manter a “ordem”, ou a tranqüilidade e poder absoluto de uma minoria tirana.
O termo “politicamente correto” surgiu no meio editorial, na imprensa e na mídia há pouco tempo; trata-se de um conjunto de regras que impõe uma maneira correta de expressar publicamente a opinião de qualquer indivíduo, visando minimizar pensamentos ou opiniões raciais, religiosas, sexistas e etc. Trocando em miúdos ou em uma linguagem que qualquer um entenda, é o esforço para que ninguém se posicione contra um princípio ou uma ação com a qual não concorda. Esse conceito é muito recente na sociedade, no entanto vemos traços desse pensamento desde a invenção e popularização de imprensa em Gutenberg. Porém, o que antes era perseguição religiosa, depois ganhou o nome de censura e hoje se transformou no conceito do que é politicamente correto ou não.
Dessa forma, qualquer sujeito que compartilhe de uma opinião contrária à massa e a expresse de forma pública está sujeito a cair em um abismo de condenação popular, sendo assim, até mesmo nossas convicções religiosas estão ameaçadas, pois aquilo que consideramos pecado, se mencionado hoje é visto como intolerância.
A verdade é que o nosso inimigo tem tentado nos calar usando de forma sutil conceitos que ele mesmo estabeleceu na sociedade para nos lançar às margens dela. A vontade do diabo é que a Palavra de Deus pare de ser pregada, pois falar sobre castidade pré-casamento é visto como uma grande ignorância e fanatismo religioso, nos posicionarmos contra o homossexualismo, por exemplo, se tornou algo pejorativo e criminoso. Em suma, estamos sendo perseguidos e censurados com a desculpa de todo um conceito estabelecido em nossa sociedade moderna. 
Não estou aqui para promover preconceito e extremismo, tampouco seria a favor de atitudes violentas ou radicais contra quaisquer tipo de pessoas ou grupos de ordem religiosa ou filosófica, entretanto, percebo que a grande verdade é que vivemos na “contra mão” desse mundo e de seu sistema e no atual contexto, todos que vivem assim são taxados então de “politicamente incorretos”.
O fato é que nosso mestre avisou que seriamos perseguidos e injuriados por amor de Seu Nome e Sua Palavra, por isso, concluo que se nossa visão do mundo é contrária ao sistema por amor do Senhor; NÃO NOS ENVERGONHEMOS DISSO! 
Então que venham os rótulos e que nos tornemos controversos ou marginalizados, pois de toda a forma, sempre fomos considerados loucos mesmo! Portanto, se ganhamos um novo apelido perante a sociedade, que seja. Declaro que sou um “politicamente incorreto”, e o serei por amor ao Senhor enquanto eu viver.

by: Pr. Sami Castro